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Pesquisas sobre hábitos alimentares de tambaquis e matrinxãs promete revolucionar aquicultura no Amazonas

Estudos estão sendo desenvolvidos pelas pesquisadoras amazonenses Bianca Viana Serra e Karen Dayana Prada Mejia, em programas de doutorado, em Portugal e no Chile, respectivamente

O desenvolvimento de novas dietas alimentares para que tambaquis e matrinxãs possam se tornar mais resistentes a doenças e aumentar a produtividade dos criadores amazonenses, são os temas de duas pesquisas desenvolvidas no Programa de Pós-graduação em Aquicultura (PPG) da Universidade Nilton Lins que serão concluídas, a partir deste mês, em universidades do exterior.

No Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, em Portugal, a bióloga e doutoranda do programa, Bianca Viana Serra, dará continuidade a pesquisa para o desenvolvimento de um produto voltado para os tambaquis baseado na utilização da biomassa de uma bactéria fotossintetizante isolada no Amazonas e determinar o período de suplementação alimentar ideal para que os peixes tenham a imunidade estimulada.

“Nos próximos seis meses vamos realizar análises genéticas dos peixes alimentados com a biomassa para determinar o tempo e com qual concentração do aditivo ocorrerá a imunoestimulação”, explica a pesquisadora.

Matrinxãs

No mesmo período, a veterinária e doutoranda Karen Dayana Prada Mejia irá analisar nos laboratórios do Instituto de Nutrição e Tecnologia de Alimentos da Universidade do Chile, os resultados das amostras dos experimentos realizados na Nilton Lins para o desenvolvimento de probióticos (microrganismos vivos que podem ser inseridos na alimentação pela água) para matrinxãs, que produzem benefícios para a saúde dos peixes, estimulam o crescimento e a resistência a doenças e outros problemas externos que possam acontecer na produção em criadouros.

“Esperamos definir a eficácia dos probióticos autóctones e suprir a demanda crescente por este tipo de produto que não existe no mercado, fortalecendo desta forma toda a cadeia produtiva e a piscicultura no Amazonas, uma vez que esta é uma das espécies mais consumidas no Estado”, destaca Karen.

Referência

Além dos resultados, as pesquisadoras são unânimes na importância da troca de experiências e no reconhecimento internacional dos trabalhos científicos realizados no Amazonas.

“Todo o conhecimento técnico e científico, novas rotinas e testes de pesquisa adquiridos serão compartilhados com nossos colegas, melhorando ainda mais o nível e a capacitação dos recursos humanos locais”, acrescentou Bianca.

Referência nacional e internacional, o PPG Aquicultura da Nilton Lins é um programa de mestrado e doutorado realizado em Manaus, em associação com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e os dois projetos possuem apoio de órgãos e agências de fomentos oficiais (Capes, CNPq e Fapeam).

A vice-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação da Nilton Lins, Cleuciliz Santana, destacou que as novas abordagens terão impactos positivos no cotidiano econômico e social dos piscicultores da região, uma vez que será possível produzir maior quantidade de peixes, com melhor qualidade, menor custo e de forma mais sustentável.

“A presença de pesquisadores locais no exterior e a internacionalização cada vez maior das atividades realizadas pela Universidade, lideradas pela Reitora Gisélle Lins Maranhão, atestam a excelência da pesquisa realizada no Estado”.

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