Autoridades do Amazonas repudiam atos de vandalismo praticados por bolsonaristas em Brasília
Militantes bolsonaristas invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo, em atos classificados como terrorismo e de ataques a democracia brasileira
O governador do Amazonas, Wilson Lima, e outras autoridades do estado divulgaram notas de repúdio contra a invasão e os atos de vandalismo ocorridos em Brasília, neste domingo (8/01). Militantes bolsonaristas invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Vídeos divulgados nas redes sociais e emissoras de televisão mostram que eles depredaram o patrimônio público, quebrando vidros e móveis, além de obras de artes, documentos e outros bens. As imagens estarreceram o povo brasileiro e repercutiram em todo mundo, com manifestações de repudio e apoio de lideranças internacionais em apoio ao presidente Lula.
Wilson Lima (União Brasil) se manifestou nas redes sociais. “Repudio veementemente os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília, neste domingo. É preciso respeitar a democracia. Não há espaço para violência. O momento é de união e paz para o Brasil avançar”, disse o governador.
O prefeito de Manaus, David Almeida, também divulgou uma mensagem de repúdio nas redes sociais. “A democracia é um bem precioso a todos nós. Colocá-la em risco significa arriscar a própria solidez do país. Por isso, o meu repúdio a qualquer ato que atente contra a nossa Constituição. O Brasil precisa de paz e harmonia para seguir o seu caminho como uma grande Nação”, publicou.
O senador Omar Aziz (PSD) também fez críticas aos manifestantes. “Tristes cenas da falta de respeito à democracia ocorrem agora em Brasília. Radicais estão depredando o patrimônio público, invadindo o Congresso e pedindo golpe”, escreveu.
O presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Érico Desterro, também se manifestou publicamente sobre os atos terroristas praticados contra o Congresso Nacional do Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde deste domingo, em Brasília.
Em nota encaminhada à imprensa, o presidente disse que se associa à Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), a Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), o Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC) e ao Instituto Rui Barbosa (IRB), que repudiaram veementemente os atos.
“A Democracia é a base de qualquer sociedade livre, justa e solidária, o que, por sua vez, constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. As instituições que hoje estão sob ataque são os verdadeiros pilares da democracia, sendo um indissociável em relação ao outro.
Considerando que os atos de violência e de depredação do patrimônio público, além de imorais e inaceitáveis, ofendem de forma grave o Estado de Direito, a Democracia e a República, as entidades integrantes do Sistema Tribunais de Contas defendem a imediata apuração dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.
Não há espaço, em uma sociedade livre e republicana, para quaisquer agravos à ordem democrática, nem tolerância em relação aos atos que os concretizam. É necessária a imediata restauração da ordem, com o devido respeito à lei.
De igual modo, os membros do TCE-AM manifestam sua total solidariedade às instituições, e o firme propósito de zelar por suas competências e pela legitimidade das autoridades legalmente investidas.”
Em uma postagem nas redes sociais, o senador Eduardo Braga (MDB) repudiou os vândalos. “Total repúdio aos atos golpistas em Brasília! Não há lugar para vandalismo na democracia. Sem falar q violência gera violência e que o ?? e os brasileiros são os grandes prejudicados pela irresponsabilidade extremista. A punição tem que ser rigorosa. Chega de ódio e radicalismo!”, afirmou.
O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André (PSC), se manifestou por meio de nota enviada à imprensa. O parlamentar lamentou os atos antidemocráticos e de vandalismo.
“Caio André defende que, independentemente de bandeira política, a democracia deve prevalecer em todas as esferas e que atos de violência não podem ser tolerados em nenhuma circunstância”, afirma a nota.
De acordo com a Câmara, o presidente da Casa também defende “que os responsáveis pelo movimento violento sejam punidos”.