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Amazonas expande monitoramento da qualidade do ar com instalação de sensores

Até o momento, 48 cidades já receberam os equipamentos. A meta é instalar sensores em todos os 62 municípios, monitorando a poluição atmosférica em 100% do território estadual

Durante o período de seca na Amazônia, os focos de queimadas aumentam, liberando grandes quantidades de poluentes na atmosfera. Para enfrentar essa situação, o governo do Amazonas intensificou o monitoramento da qualidade do ar com a instalação de sensores em todo o estado, visando controlar e combater os incêndios de maneira mais eficiente. Desde junho, os sensores têm sido distribuídos aos municípios para antecipar planos de ações emergenciais.

Até o momento, 48 cidades já receberam os equipamentos, resultado de uma parceria entre a Defesa Civil, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), a Secretaria de Educação e Desporto (Seduc) e a Universidade Estadual do Amazonas (UEA).

Os sensores foram adquiridos através da Rede de Proteção e Conservação da Biodiversidade por meio de Tecnologias (Redt/AM), uma iniciativa criada a partir de um termo de cooperação entre o Governo do Amazonas e a Embaixada da Coreia do Sul. Com o apoio das empresas Samsung e LG, a embaixada investiu cerca de US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,5 milhões) no projeto.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, a parceria permitiu o desenvolvimento de um aplicativo que beneficiará todo o estado, especialmente durante a estiagem. “A proposta é ampliar o monitoramento da qualidade do ar para todos os municípios do Amazonas, criando uma rede robusta de dados, que também vai orientar melhor a população em situações críticas”, destacou.

Instalação dos Sensores

A instalação dos sensores é coordenada pela Defesa Civil do Amazonas, que assinou um termo de cooperação técnica com a Sema. Os equipamentos estão sendo instalados em escolas estaduais e em locais com acesso à internet e energia elétrica, em parceria com a Seduc.

De acordo com o tenente Charlis Barroso, chefe do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), os dados coletados pelos sensores são transmitidos para o aplicativo Selva, da UEA, que acompanha em tempo real a concentração de partículas no ar. “Com esses dados, conseguimos emitir alertas para a Defesa Civil dos municípios e ativar planos de contingência”, explicou o tenente.

Monitoramento em tempo real

O sistema de monitoramento registra a concentração de material particulado (PM2,5) no ar a cada 80 segundos, resultando em aproximadamente 1.080 registros diários. Os dados estão disponíveis em tempo real pela internet, permitindo o acompanhamento detalhado da qualidade do ar em diferentes regiões.

A meta é instalar sensores em todos os 62 municípios do Amazonas, monitorando a poluição atmosférica em 100% do território estadual.

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