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Em dez anos, receita bruta do comércio no Amazonas cresceu mais de 143%, aponta IBGE

Margem de comercialização no Estado somou quase R$ 16 bilhões, em 2022; na região Norte pouco mais de R$ 54 bilhões e no país alcançou mais de R$ 1,4 trilhão, 144,1% maior que em 2013

Os principais segmentos do Comércio, do Amazonas, alcançaram receita bruta de quase R$ 74 bilhões em 2022, mostrando um avanço na comparação com o ano de 2013 de 143,5% (R$ 30 bilhões). Na região Norte o resultado, em 2022, foi de R$ 306 bilhões, sendo 196,4% maior que o de 2013 (R$ 103 bilhões). Já o Brasil somou receita bruta dos três principais segmentos do Comércio de R$ 7.2 trilhões, ficando 144,1% melhor que o resultado de 2013 (R$ 2.965.425.287,00). Assim, a Região Norte cresceu mais que o Brasil, e este teve melhor resultado que o Amazonas.

Os dados são da Pesquisa Anual do Comércio (PAC 2022), divulgada nesta terça-feira (6/8), pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a margem de comercialização, os comerciantes amazonenses, somaram quase R$ 16 bilhões, em 2022; na região Norte ficou em pouco mais de 54 bilhões e no país alcançou mais de 1,4 trilhão de reais.

Em salários e retiradas, o setor comercial, no Amazonas, pagou R$ 3 bilhões, em 2022, com destaque para o comércio varejista (R$ 2 bilhões). Na região Norte foram pagos R$ 10 bilhões, 265 milhões e no país R$ 318 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

Em termos de ocupação, até 31 de dezembro de 2022, o Comércio, no Estado, empregou mais de 100 mil pessoas. Na região Norte, o total de pessoas ocupadas no Comércio foi de  364 .878 e no país, superou a casa dos 10 bilhões de pessoas.

O salário médio, no Amazonas, em 2022 ficou em 1,8 salário-mínimo, mantendo a mesma média salarial de 2013. Na região, a média salarial ficou também em 1,8 salário-mínimo e no país foi de 2,0 salários-mínimos.

Receita

Os dados que apresentam a receita bruta de revenda de mercadorias (em mil reais) para os estados da Região Norte do Brasil nos anos de 2013 e 2022, mostram um aumento significativo em todos os estados. Tocantins teve o maior crescimento percentual, com um aumento de 449,4%, seguido por Roraima com 320,2%. Pará, Rondônia e Amazonas também apresentaram aumentos substanciais de 205,5%, 182,1%, e 143,5%, respectivamente. Amapá e Acre tiveram os menores crescimentos percentuais, de 122,2% e 107,8%. Esses dados indicam um crescimento econômico expressivo na região, refletido na expansão das receitas de mercadorias em cada estado.

Unidades locais

Quanto ao número de unidades locais com receita de revenda no Amazonas, houve um crescimento de 10,3%, no período, passando de 9.982 para 11.006. Esses dados indicam uma tendência de crescimento regional, especialmente na Região Norte, que registrou aumento 13,2%, de 33.603 para 38.053 unidades, com aumento na maioria dos estados, exceção o Amapá, que apresentou uma ligeira queda no período analisado, em contraste com a diminuição de 7,3% observada no cenário nacional.

Roraima registrou o maior crescimento percentual, com um aumento de 46,7%, passando de 1.899 para 2.785 unidades. Tocantins também apresentou um crescimento significativo de 35,4%, saindo de 2.483 para 3.362 unidades. O Pará teve um aumento de 13,5%, alcançando 12.099 unidades, seguido pelo Amazonas.

O Acre também teve crescimento, de 9,2%, enquanto Rondônia registrou um aumento modesto de 1,2%. A única exceção foi o Amapá, que apresentou uma leve redução de 0,7%, passando de 2.714 para 2.694 unidades.

As unidades locais se caracterizam pelo que corresponde a um endereço de atuação, um sufixo de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa.

Margem de comercialização

Em relação a margem de comercialização, que corresponde à diferença entre a receita líquida de revenda e os custos das mercadorias revendidas, no Amazonas, houve um crescimento de 141,3%, saindo de R$ 6.6 bilhões reais para R$ 16 bilhões.

Na Região Norte, essa margem subiu de R$ 22 bilhões para R$ 54,2 bilhões, um aumento de 150,3%. Entre 2013 e 2022, a margem de comercialização total no Brasil aumentou de R$ 615 bilhões para R$ 1,4 trilhões, um crescimento de 130,6%.

De acordo com os analistas do IBGE, esses dados refletem um aumento significativo na margem de comercialização em todas as regiões analisadas, com destaque para a Região Norte, que teve o maior crescimento percentual, indicando uma expansão expressiva das atividades comerciais na última década.

As atividades com maior margem de comercialização em 2022, foram os segmentos de tecidos, vestuário, calçados e armarinho (83,7%); artigos culturais, recreativos e esportivos (76,2%); produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (71,1%); informática, comunicação e artigos de uso doméstico (53,2%); material de construção (52,8%) e produtos novos e usados sem especificação (50,1%).

Salários e retiradas

Analisando os gastos, com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais no Amazonas o pagamento mais que o dobro. Passou de R$ 1.5 bilhão, em 2013, para R$ 3 bilhões em 2022, uma variação de 96,6%.

O salário médio mensal, no Amazonas ficou em 1,8 salário mínimo, mantendo a média salarial de 2013. Na região Norte o salário médio mensal também ficou em 1,8 salários mínimos. A maior média salarial paga, no mesmo ano, ficou com a região Sudeste (2,1 salários mínimos), seguida pela região Sul (2,0 s.m.), pela Centro-Oeste (1,9 s.m.), pela Norte (1,8 s.m.) e pela Nordeste (1,5 s.m.). Em nível nacional, o valor do salário médio mensal, mensurado em salários mínimos (s.m.), em 2022, foi o maior da série histórica do comércio, com valor de 2,0 salários mínimos.

Ocupação de pessoas

Até 31 de dezembro de 2022, o Comércio, no Estado, empregou 100.033 pessoas. No Brasil, o setor do Comércio apresentou recuperação e conseguiu ocupar 10,3 milhões de pessoas. Porém, apresentou uma redução de 0,7%, na ocupação, na comparação com 2013. No entanto, 2022 foi o primeiro ano pós pandemia em que o valor de pessoas ocupadas ficou acima do valor de 2019, o que significou um aumento de 1,5%, representando mais de 157,3 mil pessoas ocupadas.

No Amazonas, o Comércio Varejista foi o que respondeu pela maior parte desses trabalhadores (100 mil), enquanto o restante se distribuiu entre o Comércio por Atacado (21,1 mil) e o Comércio de veículos, peças e motocicletas (7,9 mil).

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