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Pesquisa demonstra que 91% dos brasileiros indicam cursos técnicos para ingressar no mercado

Dados são da pesquisa Educação e Opinião Pública, realizada pelo Instituto FSB em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI)

A chegada de um novo ano é sempre vista como uma oportunidade para planejar objetivos de vida, o que inclui novas possibilidades no âmbito profissional. Para quem busca ingressar em uma carreira, a formação por um curso técnico ainda é indicada por 91% dos brasileiros. Já entre aqueles que cursaram um técnico, a indicação sobe para 97%. Os dados são da pesquisa Educação e Opinião Pública, realizada pelo Instituto FSB em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Cursos técnicos são a forma mais rápida de ingressar no mercado de trabalho, pois o tempo de formação é menor que uma graduação de quatro ou cinco anos. No caso dos técnicos, é entre 12 a 20 meses. Outra vantagem é que o ensino é focado na prática, embora também dê atenção especial à teoria”, afirma a coordenadora da Agência de Estágios do Centro de Ensino Técnico (Centec), Danielle Seixas. A escola possui 14 anos de atuação em Manaus e mais de 30 cursos auxiliares, técnicos e especializações técnicas.

Como começar

Um bom primeiro passo é avaliar quais áreas estão em tendência de crescimento e com saldo positivo de empregos (mais contratações que demissões). Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre janeiro e novembro de 2023, as áreas que mais empregaram estão no setor de serviços, que responde por mais da metade (55,74%) do total do saldo de empregos gerados no período (1,9 milhões).

No setor de serviços, as áreas que mais se destacam são informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Somente em novembro de 2023, dado mais atual, essas áreas somaram um saldo positivo de 92 mil postos de trabalho no país. Outras áreas em destaque são administração pública, saúde humana, alojamento e alimentação.

Informática

O avanço das tecnologias e o uso cada vez mais comum de computadores nas empresas e no serviço público tornou a profissão do técnico em informática imprescindível para qualquer ambiente de trabalho. Por isso, essa é, hoje, uma das principais funções com demanda no mercado.

Quem tem formação nesta área pode atuar tanto em setores de tecnologia da informação (TI), no setor público ou privado, e até em empresas especializadas em informática. Ter o próprio negócio também é uma boa opção. A formação dura 18 meses e a remuneração salarial é de R$ 1.936,34, em média, podendo chegar a R$ 3.583,91, segundo a plataforma Salário, que se baseia em dados de usuários do site e nos números disponíveis no Caged, do IBGE.

Transações imobiliárias

Outra área que se destaca pelo ‘boom’ de negócios é o setor imobiliário, que cresceu 25%, no Amazonas, somente nos primeiros nove meses de 2023, segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM).

O curso técnico em ‘transações imobiliárias’ habilita o profissional para atuar como corretor e assessorar diretamente a compra, venda e aluguel de imóveis, além de outras ações, como interpretação de projetos imobiliários e orientação a investidores. A formação dura 12 meses e a média salarial fica em R$ 1.992,99, podendo chegar a R$ 3.746,45, segundo a plataforma Salário.

Gestão e negócios

Na linha do que mostram os dados do Caged, o eixo de ‘gestão e negócios’ também é favorecido. A área abriga uma série de cursos técnicos voltados para administração de recursos e/ou pessoas, como os técnicos em contabilidade, recursos humanos e administração.

Enquanto a contabilidade é especializada na parte financeira dos negócios, o técnico em RH foca na gestão de pessoas – imprescindível em todas as empresas e repartições públicas. Já o administrador técnico pode trabalhar em ambas as funções e outras, como gestão de materiais e do próprio negócio. As profissões têm remuneração média que varia de R$ 2.250 a R$ 5.567.

Saúde

Citada no levantamento do IBGE, a área da saúde é outro setor com projeção positiva de empregos. O envelhecimento da população e a maior preocupação com o tema após a pandemia de covid-19 têm gerado maior demanda em clínicas e hospitais, o que, por consequência, exige mais profissionais qualificados.

Nesta área, o curso mais popular é o técnico em enfermagem, que habilita para o trabalho com o cuidado de pacientes, indo desde a administração de medicamentos até aplicação de vacinas e curativos. Além desta opção, outras com procura considerável são os técnicos em radiologia e farmácia.

O primeiro realiza exames radiológicos, como mamografia. Já o segundo faz manutenção e controle de medicamentos, auxilia na produção e na dispensa de remédios. As três profissões têm salários médios que variam de R$ 2.061,81 a R$ 2.502,18.

Foto: Freepik

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