Amazonas mantém o primeiro lugar no ranking de competitividade da Região Norte, aponta Centro de Liderança Pública
Segurança Pública foi a que mais avançou, com o crescimento de 10 posições, em relação a 2022. No pilar Sustentabilidade Ambiental, estado subiu cinco posições, ocupando a 10º colocação, em 2023
O Estado do Amazonas é o mais competitivo da Região Norte e o 14º do Brasil. Os dados são do Ranking de Competitividade elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em 2023, que há 12 anos avalia a competitividade dos estados brasileiros. A área da Segurança Pública foi a que mais apresentou avanços no estado, com o crescimento de dez posições em relação a 2022.
Para o governador Wilson Lima, isso é resultado de um comprometimento com a população. “Essa classificação é importante para atrair novos investimentos, gerando emprego e renda para nosso povo. Isso é trabalho que transforma”.
No ranking geral, o Estado subiu duas posições em relação a 2022, ocupando a 14º colocação. Os estados mais bem posicionados no Ranking de Competitividade de 2023 foram São Paulo (1º); Santa Catarina (2º); Paraná (3º) e Distrito Federal (4º).
“O Amazonas saiu do ranking geral de competitividade dos estados, da 16ª posição, em 2022, para 14ª posição, neste ano. Isso representa os bons investimentos e a boa condução dos trabalhos administrativos do Governo Estadual. Os pilares que nos levaram a essa ascensão foram Inovação, eficiência da máquina pública, sustentabilidade ambiental, solidez fiscal e segurança pública”, disse o secretário de Estado de Administração e Gestão (Sead), Fabrício Barbosa.
O Ranking avaliou 99 indicadores, em 10 pilares temáticos: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação. Esses eixos avaliam a competitividade do estado em produzir riqueza.
Pilares
Conforme relatório técnico da CLP referente aos estados, na área da Segurança Pública o Amazonas teve o maior avanço de posição no pilar, em 2023, com relação ao ano passado, registrando um salto de 10 colocações, passando da 24ª para a 14ª posição.
O Estado amazonense apresentou melhora relativa nos indicadores de Déficit Carcerário (+5 posições), Atuação do Sistema de Justiça Criminal (+1) e Mortalidade no Trânsito (+1), além de ocupar posição favorável no novo indicador de Violência Sexual (2ª posição).
No pilar Sustentabilidade Ambiental, o Amazonas subiu cinco posições, ocupando a 10º colocação, em 2023, com destaque para o indicador de Transparência das Ações de Combate ao Desmatamento. Nesse eixo, consideram-se indicadores ligados à emissão de gases poluentes, desmatamento e manejo do esgoto, resíduos e recursos hídricos.
Também avançou cinco posições em relação no pilar Eficiência da Máquina Pública, ficando na 7ª colocação em relação a 2022. Esse pilar enfatiza a profissionalização e o desenvolvimento de canais institucionais para reforçar a meritocracia no interior da administração pública.
Em relação ao pilar Inovação, o Amazonas subiu três posições, ficando em 5ª colocação. Esse eixo envolve a introdução de novas técnicas e métodos que transformam positivamente os processos existentes no interior das empresas, organizações e da sociedade em geral; investimentos Públicos em P&D, Patentes, Bolsa de Mestrado e Doutorado, Empreendimentos Inovadores e Pesquisa Científica, Empresas de Alto Crescimento e Informação e Comunicação.
No pilar Solidez Fiscal, o estado manteve a 12º posição em relação a 2022. De acordo com o relatório, para se capturar o grau de solidez fiscal dos estados, foram utilizados indicadores que levam em conta dimensões distintas, mas inter-relacionadas, de sustentabilidade fiscal. São eles: Taxa de Investimentos, Regra de Ouro, Solvência Fiscal, Sucesso do Planejamento Orçamentário, Dependência Fiscal, Resultado Primário, Gasto com Pessoal, Índice de Liquidez e Poupança Corrente.
Liderança Pública
Fundado em 2008, o Centro de Liderança Pública (CLP) desenvolve líderes públicos empenhados em promover transformações sociais por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade das políticas públicas.
O Ranking de Competitividade dos Estados foi concebido pelo CLP, em 2011, com o desenvolvimento técnico a cargo da Economist Intelligence Unit, com o intuito de gerar diagnósticos e direcionamentos para a atuação dos líderes públicos estaduais. Em 2015, em sua quarta edição, o trabalho passou a contar também com a contribuição técnica da Tendências Consultoria Integrada.
A partir da edição de 2021, o Ranking passou a ser concebido apenas pela Tendências. Em sua concepção atual, o ranking possibilita identificar, dentro de cada um de seus 10 pilares temáticos, quais são os pontos fortes e fracos que influenciaram a classificação final do Estado em cada um dos indicadores contemplados.
Fotos: Arquivo/ Secom