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Forças de Segurança do Amazonas aprendem 49 adolescentes envolvidos em ameaças a escolas

Envolvidos foram apreendidos nos municípios de Anamã, Anori, Apuí, Benjamin Constant, Itapiranga, Iranduba, Lábrea, Maués, Novo Airão, Presidente Figueiredo e na capital

O Comitê Interinstitucional de Proteção, Monitoramento, Guarda e Segurança Escolar, implantado pelo governo do Amazonas, apresentou nesta quinta-feira (13/04), o balanço das ações. Até agora, 49 adolescentes foram apreendidos envolvidos em ataques ou na propagação de ameaças de ataques a escolas. Uma parcela dos apreendidos responderá por atos infracionais análogos a atos preparatórios para terrorismo.

O balanço foi apresentado na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na avenida André Araújo, Aleixo, zona centro-sul. Na ocasião, a Polícia Civil também apresentou o resultado da Operação Digital Vigilance, que chegou aos responsáveis por manter perfis de terrorismo na internet. 

As ameaças tinham como possíveis alvos escolas localizadas nas zonas norte, leste, centro-sul, oeste e centro-oeste de Manaus e também no interior do Estado, nos municípios de Anamã, Anori, Apuí, Benjamin Constant, Itapiranga, Iranduba, Lábrea, Maués, Novo Airão, Presidente Figueiredo.

Os apreendidos foram encaminhados à Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), na capital, e, no interior, às respectivas unidades especializadas, onde foi registrado boletim de ocorrência (BO) e instaurado procedimentos. Os menores de 12 foram encaminhados ao Conselho Tutelar.

As apreensões fazem parte das ações do Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (Nise), implantado pelo Governo do Amazonas na Secretaria de Estado de Educação e Desporto, e foram coordenadas pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), em conjunto com a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), e com apoio do Departamento de Inteligência e Polícia Judiciária (DIPJ/PC-AM), e Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AM).

“Estamos envidando esforços no sentido da elucidação, identificação e responsabilização desses adolescentes. Há uma prioridade, um engajamento e daremos celeridade aos procedimentos para enviar a remessa ao Juizado Infracional para que esses autores sejam responsabilizados”, destacou a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai).

Para a secretária de Estado de Educação e Desporto, Kuka Chaves, o mais importante nesse momento é manter o diálogo com os pais e responsáveis. “Nesse momento, a gente tem percebido mais do que nunca, que todos esses casos precisam de uma reflexão. Pedimos que as famílias estejam mais presentes e que possam orientar os seus filhos a não fazerem parte de grupos que incitam o ódio”, disse.

Crimes cibernéticos

Os crescentes casos de atentados às escolas têm, em sua maioria, a internet como meio de propagação de ameaças. Segundo o delegado Antônio Rondon, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos, 10 adolescentes foram apreendidos e encaminhados à Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), após terem publicado ameaças, fotos de armamentos e compartilhado conteúdos de risco.

“Os perfis desses 10 adolescentes se mostravam muito parecidos. Todos eles alegaram que foram vítimas de bullying no ambiente escolar, que não tiveram a devida atenção, seja de diretores, professores ou da própria família. Diante disso, eles sentiram vontade de agir de forma punitiva”, ressaltou o delegado.

Atendimento psicossocial

A Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) está oferecendo suporte com atendimento psicossocial e multidisciplinar aos estudantes das escolas da rede pública estadual.

“É dentro da escola que eles começam a demonstrar desvios de conduta, desvios de personalidade e depois entram nessa corrente de ódio. Então, a Seas entra nesse circuito para fazer um trabalho de prevenção e identificação das escolas e acolher as famílias, quando identificarmos que o menor tem um desvio de conduta. Nesse momento, é muito importante conversar com os pais”, disse a titular da Seas, Kely Patrícia.

Canais para denúncias

As denúncias podem ser feitas por telefone e whatsapp pelo número (92) 99414-0480 e via e-mail: escolasegura@seduc.net. O canal garante a preservação do sigilo das informações do denunciante. As denúncias também podem ser feitas pelo 190 e 181.

Fotos: Antônio Lima/Secom

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