Mais de 1 milhão e 400 mil pessoas já foram recenseadas no Amazonas
Uma das maiores dificuldades do IBGE no interior do Estado é a logística para que o recenseador chegue a comunidades distantes e diversas, incluindo as de povos indígenas e quilombolas
O Censo 2022 está ocorrendo conforme o planejado no primeiro mês de trabalho, no Amazonas. No total, desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 29 de agosto, 372.752 domicílios já foram recenseados. Nesse período, os 2.702 recenseadores haviam contado 1 milhão, 401 mil e 667 amazonenses. No Brasil, já foram recenseadas 59.616.994 pessoas, no primeiro mês de trabalho do Censo. A operação de recenseamento da população vai até o dia 31 de outubro. Os dados são do 1º Balanço do Censo 2022, divulgados hoje (30), pelo IBGE.
O Superintendente do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes, avalia que o primeiro mês do Censo Demográfico no Estado foi positivo, especialmente em razão das dificuldades próprias do Estado: “chegamos ao final do primeiro mês de coleta com bons resultados para o Amazonas, especialmente considerando as características do nosso Estado, que é gigantesco; geografia complexa, difícil de percorrer”.
No Amazonas, uma das maiores dificuldades no interior do Estado é a logística para que o recenseador chegue a comunidades distantes e diversas, incluindo as de povos indígenas e quilombolas. “Nós temos, especialmente no interior do Estado, municípios com áreas gigantescas; os nossos recenseadores precisam visitar não apenas as zonas urbanas, mas as zonas rurais, então, para o interior, esse é o principal desafio, conseguir chegar a todas as comunidades: ribeirinhas; aldeias indígenas; comunidades quilombolas”, destaca o superintendente.
Já em Manaus, um dos principais desafios é o de recensear moradores de condomínios e vilas. Para superar esse obstáculo, ou melhor, os muros e portões, Ilcleson afirma que o IBGE “tem buscado uma diversidade de estratégias para garantir que nenhum morador deixe de ser recenseado, esteja ele na zona urbana ou rural, dentro ou fora dos condomínios”.
Indígenas recenseados
No primeiro mês de trabalho do Censo, já foram recenseadas 152.218 pessoas que se autodeclararam indígenas, no Amazonas, o que representa 33,82% de toda a população indígena recenseada no país. No Censo 2010, foram contados 183.514 indígenas no Amazonas. O 2º Estado com maior percentual de indígenas recenseados até o momento é a Bahia, com 81.992 indígenas contabilizados, ou 18,21% do total recenseado.
Além disso, já foram contadas 259 pessoas que se autodeclararam quilombolas, no Amazonas (0.07%) do total recenseado no Brasil.
No Brasil como um todo, no primeiro mês de Censo, já foram recenseados 450.140 indígenas, e 386.150 pessoas autodeclaradas quilombolas.
Outros dados sobre a coleta
Cerca de 2,2% dos domicílios se recusaram a responder, no Amazonas, percentual que se espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência. No Brasil, a taxa foi de 2,3%. Mas uma dificuldade que também merece atenção tem sido a de “encontrar a população em suas residências”, conforme relata o superintendente do Estado. Em média, em 12,7% dos domicílios, os moradores estavam ausentes, “mesmo os nossos recenseadores visitando os domicílios em diferentes dias e horários na semana”, explica.
Em relação ao tipo de questionário, 89,9% dos domicílios (330.950) responderam ao questionário básico e 10,1% (37.063) ao ampliado, percentual consistente com a amostra definida pelo Instituto. O tempo mediano de preenchimento tem sido de 6 minutos para o questionário básico e de 18 minutos para o questionário ampliado.
A maior parte dos questionários (99,7%) foi respondida de forma presencial, sendo que 565 domicílios optaram por responder pela internet e 293 pelo telefone, até agora no Estado.
O sistema de acompanhamento da coleta permite gerar, ainda, pirâmides etárias parciais. Até o momento, no Amazonas, 49,1% da população recenseada eram homens (689.267) e 50,9% (712.400) eram mulheres.
“Já conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo da pirâmide mais avolumado, e picos nas idades de 40 e 20 anos, conforme o esperado. Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente, não há indícios de que haja sub ou sobre enumeração de alguma idade”, declara Luciano Duarte, gerente técnico do Censo.
Do total de 10.689 setores censitários do Amazonas, 3.429 estão sendo trabalhados, neste primeiro mês de coleta de dados.
De acordo com o superintendente do Amazonas, “tivemos alguns desafios no mês de agosto, nada que seja estranho a uma operação tão complexa e difícil quanto o Censo Demográfico. São mais de 200 mil pessoas envolvidas, milhares de equipamentos utilizados, portanto, todos esses desafios foram ou estão sendo superados, de modo que a gente permita que a coleta continue num bom ritmo, fluindo muito bem, e a gente consiga fechar o Censo Demográfico dentro do prazo”.
As entrevistas do Censo Demográfico vão até o dia 31 de outubro. Até lá, os recenseadores seguirão fazendo visitas domiciliares. Eles estarão sempre uniformizados, com o colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e o DMC. Além disso, é possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.