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Projeto de manejo participativo de quelônios em comunidades do Médio Juruá recebe aporte de R$ 361 mil

Recurso virá do Fundo Estadual do Meio Ambiente e vai beneficiar, ao todo, 46 comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari e Resex Médio Juruá, no Amazonas

Mais de 40 comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari e da Reserva Extrativista (Resex) do Médio Juruá – do localizadas no município de Carauari (a 788 km de Manaus) – vão receber um projeto de manejo comunitário de quelônios. A atividade terá o aporte de R$361.345 financiados pelo Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema).

Este é o nono projeto aprovado pelo Fema desde 2019 – ano em que retomou o repasse de recursos para financiamento de projetos ambientais. A aprovação do repasse ocorreu durante a 85ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cemaam), realizada no dia 15 de julho.

O projeto foi proposto pela Associação dos Moradores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari (Amaru), em parceria técnica com o Programa Pé-de-pincha, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Juntas, Amaru e Ufam serão responsáveis por monitorar as ações, cujo objetivo principal é envolver comunidades e instituições locais do Médio Juruá na conservação das populações de quelônios, a fim de incentivar a bioeconomia local a partir do manejo legalizado. É o que conta o gestor da RDS Uacari, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Gilberto Olavo.

“A conservação de quelônios na área já é realizada de forma voluntária há mais de 30 anos e, agora, essa atividade entra em uma nova etapa. Será um processo de aprendizagem feito nas comunidades para aprenderem como manejar quelônios em área livre. Isso nos garante, em um futuro próximo, a comercialização desses produtos, assegurando uma renda extra e sustentável para as comunidades”, ressaltou.

A proposta visa recuperar as comunidades locais de quelônios, tanto na RDS, de gestão do Governo do Amazonas, como na Resex, de gestão federal. As medidas incluem o amparo contínuo a processos de conservação de base comunitária e a procura por estratégias de desenvolvimento sustentável dos recursos naturais, nas quais se insere a própria conservação e monitoramento de quelônios na região.

O impacto maior do projeto consiste na educação ambiental a ser promovida para as comunidades, orientando como conservar seus recursos ao devolver os filhotes à natureza, repovoando lagos, rios e garantindo a segurança alimentar para as futuras gerações.

“É um processo educativo, para gerar consciência de como tratar o ambiente de forma responsável. Isso ajuda não só na conservação, mas também no repovoamento dos filhotes à natureza e, futuramente, no incentivo à bioeconomia naquela área”, completou Olavo.

Fema

Gerido pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente, o Fema possui a finalidade de dar suporte financeiro à execução da Política Estadual de Meio Ambiente, por meio do repasse de recursos a projetos que incentivem a conservação, recuperação, proteção, melhoria, pesquisa, capacitação, controle e a fiscalização ambiental do Estado.

Organizações sem fins lucrativos e instituições públicas e privadas podem submeter projetos ao Fema, contanto que atuem nas seguintes temáticas: utilização sustentável de fauna e flora, conservação de agrossistemas florestais, pesquisa e inovação tecnológica na área ambiental, gestão de espaços territoriais protegidos, recuperação de áreas degradadas, monitoramento ambiental, educação ambiental, desenvolvimento sustentável de populações tradicionais, gestão de resíduos sólidos, saneamento ambiental e soluções de problemas emergenciais que afetem o meio ambiente.

O Fema possui um comitê gestor, responsável por fiscalizar e acompanhar a aplicação dos recursos destinados, que tem como fonte principal pagamentos resultantes de processos ambientais. Desde 2019, foram nove projetos aprovados. Atualmente, cinco estão em andamento.

Foto: Diego Peres/Secom

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