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Vice-presidente da Câmara diz que decreto do IPI quebra o Amazonas, mata empregos, mas não reduz preços

Marcelo Ramos repercutiu análise de economistas com base no IPCA e indicadores. Alíquota do IPI caiu 25% desde 25 de fevereiro, mas maioria de eletrodomésticos e veículos ficaram mais caros

Análise de economistas com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), e demais indicadores revela que o decreto que reduziu em 25% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), não se refletiu em diminuição dos preços dos carros e eletrodomésticos. Bens como geladeira, máquina de lavar, fogão e carros continuaram subindo de preços nos dois últimos meses pressionando a inflação.

A redução do IPI, que fere de morte o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), sem produzir os feitos benefícios aos consumidores brasileiros, como propaga o governo federal e seus aliados no Congresso Nacional, foi tema do discurso do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), nesta segunda-feira.  

“Com essa quebra de acordo pelo governo federal de excluir os itens produzidos na Zona Franca de Manaus do decreto, não nos restou alternativa senão recorrer à Justiça. É uma luta que deve unir a todos: pelo direito dos amazonenses de sustentar suas famílias com o suor do seu trabalho. Não fui eleito para bajular governos, mas sim para defender os interesses do meu estado e dessa missão não me desviarei, ” disse o parlamentar amazonense.

No dia seguinte à publicação que tornou permanente o decreto do IPI, na véspera do feriado da Sexta-feira Santa, Ramos protocolou no Ministério Público Eleitoral representação contra o presidente por prática de conduta vedada ao conceder benefício em ano eleitoral sem contrapartida.

“Na calada da noite, em pleno feriado, o governo, numa canetada, ignorando os interesses do Amazonas, fere de morte os 500 mil empregos diretos e indiretos da ZFM e reduz drasticamente a receita do estado e dos municípios, que tem no ICMS 90% da sua arrecadação, com o que que paga o custeio dos hospitais e escolas, servidores, e leva o asfalto e dignidade aos que mais precisam da assistência social”, afirmou Ramos.         

Entenda o caso

 No dia 25 de fevereiro o governo federal publicou um decreto que reduziu em 25% o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados com o argumento de que buscava baixar os preços dos carros e eletrodomésticos. Mesmo após reunir e se comprometer com autoridades do Amazonas de que publicaria nova medida protegendo apenas dos itens produzidos na Zona Franca de Manaus, o governo primeiro prorrogou o decreto e, na última quinta-feira 14, o tornou permanente.  

Marcelo Ramos argumenta que por conta da ZFM não produzir carros e eletrodomésticos não é contra a redução de tributos a estes itens. “Não queríamos partir para tentar sustar o decreto inteiro. Mas, diante do compromisso não cumprido pelo presidente da República e pelo ministro Paulo Guedes, que não protegeram a ZFM, seguirei lutando para forçar o governo a salvaguardar a economia e os empregos do Amazonas”, garante.

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