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Projeto Costurando Recomeços abre caminho para uma vida melhor à reeducandas do sistema prisional

Produção de bonecas é um trabalho de reinserção na sociedade de mulheres que, por algum motivo, passaram a fazer parte do sistema prisional

Oportunidades podem mudar uma situação e quando aproveitadas de verdade são capazes até de transformar uma realidade ruim em algo positivo. Para as reeducandas da Cadeia Pública Feminina de Boa Vista (RR), o projeto “Costurando Recomeços” chegou como a chance que elas precisavam para dar novo sentido à vida. A iniciativa, idealizada por uma policial penal, ganhou apoio do governo de Roraima, por meio da Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc) e tem possibilitado às reeducandas um novo momento na passagem pelo sistema prisional.

O projeto, que foi criado em setembro de 2021, pela servidora pública Michelly Viau Fernandes, diretora do Departamento do Sistema Penitenciário de Roraima, é uma estratégia para fortalecer o trabalho de reinserção na sociedade de mulheres que, por algum motivo, passaram a fazer parte do sistema prisional. Por meio da produção de bonecas, 12 mulheres foram atendidas com as ações e sete são capacitadas atualmente.

“A ação foi adaptada para seguir os moldes legais do Sistema Penitenciário e tem como propósito também despertar a imaginação, reviver a infância ou até mesmo viver o desconhecido, dadas as questões sociais muitas vezes impostas desde a infância dessas mulheres. Criar por suas próprias mãos, meios capazes de se tornarem fonte de renda quando deixarem a prisão e poder mostrar os produtos é ter a chance de ver o trabalho reconhecido e que é possível seguir um novo caminho”, afirma Michelly.

Por meio dessa experiência, o projeto tem possibilitado às reeducandas a descoberta de um mundo novo.

“Toda pessoa pode vir a cometer uma atitude errada em algum momento da sua caminhada, mas todos merecem uma nova chance de fazer as coisas certas e de seguir a vida de forma correta, conforme as regras que a sociedade nos impõe. E é dessa forma que temos feito a nossa gestão de governo, sempre valorizando e dando oportunidades para que todos os cidadãos possam conviver em uma sociedade integrada e justa, com oportunidades para todos”, destaca o governador Antonio Denarium.

Conforme o secretário de Justiça e Cidadania, André Fernandes, o foco é capacitar mulheres presas e promover o resgate da dignidade por meio do trabalho, utilizando as habilidades pessoais de cada uma, provocar a reflexão diante dos resultados positivos e a satisfação das reeducandas contempladas fazendo com que cada uma desperte para o interesse de sair da ociosidade e, por fim, demonstrar à sociedade que é preciso colaborar com o processo de reinserção social da pessoa presa.

“São mulheres que estão em uma condição de restrição de liberdade por algum delito cometido, mas que podem sim reverter essa condição e voltar ao convívio social de uma outra forma, com uma profissão ou ofício, com um novo olhar sobre os desafios da vida e até mesmo com mais força e autoestima para tomar decisões certas nas horas de dificuldade”, complementou o secretário.

De acordo com a policial penal e diretora da Cadeia Pública Feminina de Boa Vista, Josilene S. Lima Mourão, as atividades são realizadas dentro da própria unidade prisional, em uma sala específica para atender o projeto.

“Diariamente, as internas participantes, realizam trabalhos voltados para a produção das bonecas que é o principal segmento de produção. A metodologia proposta é colocada em prática com a organização dos grupos de mulheres selecionadas, seguindo critérios de bom comportamento, habilidades pessoais, além do interesse na participação do Projeto e, nesse sentido, cada uma é preparada para o mercado de trabalho através do ensinamento de um ofício que poderá ser aprimorado”, enfatizou.

Divulgação

No ano passado, as reeducandas tiveram a oportunidade de mostrar algumas das peças produzidas. Durante a I Feira de Bonecas Artesanais foi realizada além da exposição dos artigos, a divulgação do trabalho e até a comercialização dos itens. Além disso, foram realizadas exposições na Casa da Mulher Brasileira e no Fórum Sobral Pinto.

Foto: Arquivo/Sejuc

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